Vamos começar pelo começo.
Na verdade tudo começa por volta de 1500. Não necessariamente em 1500, pois não é bem assim, como ensinaram na escola.
Mas vamos começar pelo meu começo.
Era criança.
Levado pela mão de meu pai entramos na sala de espera do Cine Rolândia.
Ali tinha sido montada um a mesa comprida onde o cidadão depositava jóias, aneis, colares, pulseiras, etc e recebia em troca uma aliança dourada ou prateada com os dizeres: "Dê ouro para o bem do Brasil".
O cidadão, o povo brasileiro, atendeu prontamente a convocação das nossas autoridades. Afluim pessoas de todos os lados, inclusive da zona rural, em carroças e cavalos. Era uma festa, festa de cidadania.
Ali depositavam, além do valor econômico, histórias e sentimentos. Tinhamos notícias de pessoas que deram objetos de família inclusive aliança de casamento.
Que patriotismo! Que credulidade!
Este povo é ruim?
Com toda certeza peças sem valor econômico também foram depositadas ali. Mas o que conta? O que realmente tem valor? O rico depositou muito, porém o que sobrava; a viúva muito pouco, porém tudo o que tinha.
Qual o foco?
O cidadão cumpriu com a sua responsabilidade. E as autoridades?
Tirando o que não tinha valor, se é que é possível falarmos nestes termos, qual foi o valor arrecadado?
Foi feito um balanço?
Qual foi o seu destino? Aonde e como foi aplicado?
O objetivo foi alcançado?
Quais os benefícios trazido ao cidadão?
A história não deve uma satisfação a este tão pronto cidadão?
Ah! foi para num cavalinho de ouro maciço...
Se ele, o cidadão, não é mais tão crédulo assim de quem é a culpa?
Vamos mudar o foco. Pense diferente.
sábado, 25 de dezembro de 2010
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